Saúde

Aprender a ‘falar sozinho’ é essencial para a sua saúde mental

A forma como fala para (e sobre) si próprio pode influenciar a sua saúde mental

Falar sozinho é algo completamente normal que muitos fazem diariamente e não se aplica apenas a momentos em vocalizamos conversas, mas também quando elas ficam apenas dentro da cabeça. A maneira como fala sobre e para si próprio pode fazer uma grande diferença no seu crescimento, como pessoa, e saúde mental, explicou a psicóloga, Melinda Fout, à CNN.

Outro especialista –  Ethan Kross, psicólogo e professor na University of Michigan, nos EUA – compara a nossa “voz interior” como um canivete suíço – uma ferramenta com múltiplas funções. O problema é que não existe um manual de utilizador para saber como o usar e, por isso, estes monólogos que fazemos só para nós podem tornar-se muito duros, autocríticos, acabando por prejudicar a nossa saúde mental.

‘Falar sozinho’ é algo crucial para o crescimento e evolução de cada um que nos permite focar num assunto, assim como ensaiar para situações difíceis, entender melhor as nossas vidas e até moldar a nossa identidade. Como nem todos tem acesso a um profissional que possa ajudar a mudar os comportamentos mais prejudiciais a CNN falou com vários especialistas e explicou como é que o pode fazer em casa.

Primeiro é necessário saber o que pode estar fazendo com que os nossos pensamentos e “monólogos” sejam negativos. Os especialistas afirmam que a forma como as pessoas falam consigo mesmas vem, em parte, da genética e, em parte, das experiências individuais. Isto significa que é essencial encontrar a causa para poder trabalhar esta capacidade.

Estes sentimentos negativos podem surgir, por exemplo, quando alguém lhe dá um elogio e em vez de aceitar, com gratidão, começa a questionar se a pessoa está só sendo simpática ou até se poderia ter feito alguma coisa melhor. O objetivo é mudar essa conversa interna negativa e reforçar a ideia de que é bom, digno e capaz.

Mudar as interações que tem consigo é essencial e a recomendação é que crie uma frase que contrarie o fator que provoca as reações negativas. Pode ser algo como “sou mais do que bom o suficiente” ou “sou mais do que digno”, explica Melinda Fout.

Estas frases devem ser usadas sempre que um pensamento negativo surgir – deve parar durante uns segundos e dizer a frase que escolheu para se acalmar. É difícil lembrar-se de fazer isto, especialmente, se estiver mais nervoso, cansado ou até com fome, no entanto, é muito importante para a sua saúde mental.

Outra técnica que pode usar é criar um ritual para ajudar a controlar o seu “mundo interior”, por exemplo, antes de um discurso, pode respirar fundo e dar um pequeno soco na mão – uma técnica utilizada por Ethan Kross. Trata-se de uma forma de garantir que se mantém em controle da situação.

A maioria das pessoas é mais simpática ao falar dos outros algo que pode adaptar ao seu monólogo interior utilizando o seu nome próprio ou “você” – uma forma de “enganar” o cérebro e fazê-lo pensar que está falando de outra pessoa e não de si.

Outro fator que poderá fazer diferença é uma mudança de ambiente. Muitas pessoas gostam de arrumar e limpar a casa algo que os faz sentir úteis, a estabelecer um sentimento de controle e a criar um espaço que não permite a entrada de pensamentos negativos.

Quando os pensamentos negativos invadem também pode ser boa ideia sair de casa ou até aventurar-se pela natureza – uma forma de perceber que existem mais elementos no mundo e que não estamos sozinhos, o que ajuda a “diminuir” os pensamentos negativos.

Depois de fazer todas as outras mudanças é essencial analisar a influência que as pessoas à sua volta têm nos seus “monólogos interiores”. As conversas com outros que são mais benéficas para si são aquelas em que as pessoas dedicam o seu tempo para o ouvir ou começam a ajudá-lo e trabalhar consigo para resolver os seus problemas.

Idealmente, as pessoas a quem recorre reforçam a ideia de que tem um apoio incondicional, explica o meio de comunicação.

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